| RESENHA: Um Caminho Para a Liberdade, Jojo Moyes

É 1939 e o mundo é completamente diferente de hoje em dia. Não só em questões tecnológicas, mas principalmente sociais. O racismo e o machismo eram a palavra de ordem na pequena cidade e é lá que nossa história se passa. 



Alice e seu marido Bennet chegam a igreja como de costume. Alice, a inglesa, sente-se totalmente deslocada. Os costumes são diferentes, as vestimentas também e parecia que sempre havia alguém pronto para rir de seu sotaque. Além do fato de se sentir "um peixe fora d'água", havia também a sua situação matrimonial. Quando ela conhecera Bennet em uma de suas viagens, ele se mostrara carinhoso, prestativo, ansioso e apaixonado. Sem muito questionar, Alice se casou e partiu com ele para os EUA, afim de conhecer outra vida. Qual não foi a sua surpresa quando eles foram morar na casa do sogro - um homem cheio da razão e ríspido. Mesmo após um tempo ela não se sentia parte daquele lugar. É aí que entra Margaret O'Hare, uma mulher decidida, uma força da natureza, completamente fora dos padrões e oferecendo um emprego às mulheres em plena reunião religiosa… O emprego era trabalhar como bibliotecária itinerante, levando livros para as regiões mais remotas afim de propagar a cultura. Ah, e elas teriam de levar os livros a cavalo. Muito de discutiu, mas a biblioteca persistiu. Alice e Margareth se deram bem e apesar do jeito impetuoso de O'Hare, as duas se tornaram amigas, o que deixou o sogro de Alice mais enfurecido ainda.
Logo, mais três outras mulheres vieram para ajudar a distribuir mais livros e quando tudo parecia dentro do esperado, um assassinato põe tudo a perder e a rivalidade entre Van Cleeve (o sogro de Alice) e Margareth O'Hare, ficou em um nível extremamente alarmante e perigoso, não só para Margareth, bem como para toda a biblioteca móvel. . . . Apesar dos livros da Jojo Moyes serem, no geral, leituras fluidas e rápidas de certa forma, achei este romance um pouco arrastado. 
A história porém é incrível, nítido que Moyes pesquisou muito antes de escrever pois conseguiu retratar o cenário da época. Sabemos que a desigualdade racial, social e de gênero se perdura até hoje, o que torna o livro um retrato retrô dos dias de hoje, infelizmente. Personagens bem construídos e desfecho em todas as situações fazem deste, um dos meus livros favoritos da Jojo.


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