O Pequeno Príncipe | resenha.
Fiquei
muito em dúvida se deveria ou não postar essa resenha, já que
(além de ser um dos livros mais vendidos), é um livro muito
resenhado. Porém, cada leitor tem uma impressão e uma conexão com
este livro – ele é diferente para cada um. Portanto estou aqui
para lhes contar como o principezinho tem um espaço no meu coração.
Eu
sou uma pessoa muito estabanada e quando é para fazer silêncio, aí
que eu acabo fazendo (involuntariamente) mais barulhos. Era meados de
junho de 2011 (lembro porque minha banda favorita lançou um CD por
esses meses) e eu estava na biblioteca, como sempre fazia depois das
aulas. Ela estava incrivelmente quieta e de repente minha bolsa
esbarrou em uma estante, levando consigo vários livros e quando eles
caiam no chão, faziam um barulho enorme. Esse é um daqueles
momentos que você quer morrer de vergonha, mas com toda a classe que
ainda me restava, coloquei os livros em seu devido lugar. Como nada
estava tão ruim que não podia piorar, alguns livros mais caíram ao
chão e de repente, ele estava lá. Naquela noite enquanto lia “O
Pequeno Príncipe” pela primeira vez, o menino me visitou em
sonhos.
Será
que o carneiro comeu a rosa?
"Um piloto cai com seu avião no deserto e ali encontra uma criança loura e frágil. Ela diz ter vindo de um pequeno planeta distante. E ali, na convivência com o piloto perdido, os dois repensam os seus valores e encontram o sentido da vida."
Um
aviador com alma de criança, que sabia desenhar elefantes dentro de
jiboias, sofreu uma pane no meio do deserto do Saara. Como estava a
milhares de km da civilização, julgou ser o seu fim, pois só tinha
água suficiente para oito dias. No dia seguinte a queda, uma voz de
menino o acordou e o Aviador achou que estava delirando, o menino de
cabelos louros e cachecol vermelho, pedia ao homem que lhe desenhasse
um carneiro, mas o homem negou e disse que só sabia fazer elefantes
dentro de jiboias. Parecendo não escutar, o pequenino repetiu o
pedido até que o homem (vencido pela curiosidade) lhe fez o danado
do desenho.
O
pequeno príncipe, criança marota de riso espontâneo, viera do
asteroide B612, planeta pouco maior que uma casa que possuía três
vulcões (sendo um adormecido) e uma rosa que ele cuidava com todo
amor e carinho. A todo instante preocupava-se com a sua rosa, tinha
medo que o carneirinho pudesse comê-la, mas aos poucos, o aviador
foi acalmando o menino.
“Sentia-me
desajeitado. Não sabia como alcança-lo, como me aproximar dele... É
tão misterioso, o país das lágrimas!”
A
medida que menino e homem conviviam, o principezinho contava suas
aventuras e sobre quem encontrou na sua viagem, a maioria eram
homens-grandes que estavam mais preocupados com suas vaidades ou até
mesmo com suas responsabilidades, que lhes faltava tempo para fazer
coisas simples, encontrar a felicidade nelas. Contou que veio à
Terra porque um velho geógrafo (no sexto planeta que o príncipe
visitou) o aconselhou que fosse, pois “Ele
tem uma boa reputação”.
Chegando
nela encontrou uma raposa, que lhe ensinou o que era cativar alguém;
encontrou homens vaidosos também, preocupados demais para olhar as
paisagens e querendo poupar tempo em tudo o que faziam; encontrou uma
serpente venenosa e flores. Lembrava-se a todo instante da rosa que
ele cativou, que ele era responsável. Sentia saudades dela, sentia
medo de que seus quatro espinhos não pudessem lhe defender e foi aí
que decidiu: iria voltar para casa.
***
Cinco
anos após, reli “O Pequeno Príncipe” - agora com uma visão de
“gente grande”. E é engraçado como os “ensinamentos” do
principezinho são aplicáveis mais ao que vivo hoje em dia, do que
vivia na época.
Desde sua publicação foi um sucesso de vendas, tendo inúmeras adaptações para teatros, televisão e cinemas do mundo todo.
Um livro para aqueles que enxergam com os olhos da alma e tem uma eterna criança espontânea dentro de si.
Título
Original: Le Petit Prince
Autor: Antoine de Saint-Exupéry
Data de Publicação: 1943
Número de Páginas: 92
Editora:
Escala Autor: Antoine de Saint-Exupéry
Data de Publicação: 1943
Número de Páginas: 92
Classificação: Literatura Francesa; Infanto-Juvenil.
Aonde Comprar:
Saraiva
Ahhh! Eu acho que sou a única pessoa que não leu esse livro :( Quero muito ler ele! Ótimo resenha, Beca. Só me fez ter mais vontade de lê-lo hahaha!
ResponderExcluirBeijão.
Ah Lidi, certeza que com sua essência de poeta você vai amar!
ExcluirBeijocas